Sentado no cimo
do pequeno tripé, o Sarradão lá vai debitando o seu vasto e único repertório
que para os ouvintes e usufruidores dos sons das palhetas não importava o nome.
A música que parece sempre a mesma sanfona, canta para dentro “ferrom” e para fora “fom”, com a marcação
teimosa do bater do seu enorme pé agora amortecido pela manta de trapos, no
chiar interior da geringonça a fazer música, os sons do ar a sair por entre as
pregas do fole que mais parecem bufas em contrário dos baixos que saem do lado
esquerdo que não conseguem abafar uns peidos cagados por ele que, como é seu
hábito, nega ser mãe de tais criaturas gasosas, mas os catraios sempre atentos
para a malandrice, saem a rir e a anunciar aos quatro ventos a paternidade dos
traques.
Sem comentários:
Enviar um comentário