O Sol, considerado desde a antiguidade como um deus imortal, nasce todas as manhãs e põe-se todas as noites no reino dos mortos; portanto, pode levar com ele os homens e, ao desaparecer, dar-lhes a morte.
É a imagem do Bem.
Além de renovar a Natureza, o brilho do Sol torna as coisas mais perceptíveis. Se a luz irradiada pelo Sol representa o conhecimento, o próprio Sol é a inteligência cósmica, assim como o coração é, no ser, a sede de todas as emoções e a fonte de energia que alimenta o corpo, mantendo viva a alma.
A Lua é o símbolo dos ritmos biológicos. É o astro que cresce, decresce e desaparece, cuja vida depende da lei universal do movimento e da morte. A Lua tem uma história em que a morte nunca é definitiva. O seu eterno retorno às formas iniciais, essa periodicidade sem fim faz com que seja por excelência o astro dos ritmos de vida. O mesmo simbolismo liga entre si a Lua, as águas, a chuva, a fecundidade das mulheres, dos animais, da vegetação, o destino do homem. Durante três noites, em cada mês lunar, ela está como morta, desapareceu. Depois reaparece e cresce em brilho. Ela é, tal como a Primavera, a passagem da morte para a vida.
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