quarta-feira, junho 17, 2015

Qual o sentido da vida?


Qual o sentido da vida?
Viver com perguntas faz-nos muito mais humanos do que viver com respostas. O mercado das religiões apressa-se a vender-nos respostas para as perguntas que temos por mais fundamentais. São todas falsas. Nascemos cercados de respostas prontas a usar. A educação institucional, ministrada pelas religiões e pelas escolas, é um produto atraente, mas envenenado. Consegue abafar em nós as grandes perguntas com as falsas respostas que nos vende. Educar, no mercado, é igual a domesticar. Crescemos amestrados, à medida dos interesses e das necessidades do mercado. Todas as religiões, como todas as famílias e todas as escolas, estão aí para nos integrar progressivamente no mundo do mercado. São instituições domesticadoras. Estimulam-nos a crescer de acordo com as regras do mercado. Acabamos carne para canhão, pau para toda a colher, dentro do mercado e ao seu serviço. Tudo parece estar bem, porque conseguimos viver sem sobressaltos. Porventura, até com algum sucesso. Um viver com sentido dentro do mercado. Sem sentido dentro do Humano-Consciência. Há um abismo intransponível entre o Humano-Consciência e o mercado. Não é politicamente correcto dizer isto, eu sei. O politicamente correcto desconhece a Política praticada, como desconhece o Humano-Consciência como o ponto ómega do Universo. O mercado das religiões e financeiro tem o condão de matar o mistério que é a dimensão mais profunda do Humano-Consciência no Universo. Uma realidade que se dá a conhecer, à medida que cada uma, cada um de nós se desenvolve de dentro para fora, de acordo com a sua matriz original. Nascemos para rebentar com o mercado das religiões e o financeiro, não para o viabilizarmos, fortalecermos. Urge redescobrir o belo e o fecundo que é vivermos com perguntas, em lugar de com respostas, as respostas vendidas pelo mercado das religiões e o financeiro, assassino da originalidade de cada qual.


17 Junho 2015

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