Qual o sentido da vida?
Viver com perguntas faz-nos muito mais humanos do que viver com
respostas. O mercado das religiões apressa-se a vender-nos respostas para as
perguntas que temos por mais fundamentais. São todas falsas. Nascemos cercados
de respostas prontas a usar. A educação institucional, ministrada pelas
religiões e pelas escolas, é um produto atraente, mas envenenado. Consegue
abafar em nós as grandes perguntas com as falsas respostas que nos vende. Educar, no mercado, é igual a domesticar. Crescemos
amestrados, à medida dos interesses e das necessidades do mercado. Todas as
religiões, como todas as famílias e todas as escolas, estão aí para nos
integrar progressivamente no mundo do mercado. São instituições domesticadoras.
Estimulam-nos a crescer de acordo com as regras do mercado. Acabamos carne para
canhão, pau para toda a colher, dentro do mercado e ao seu serviço. Tudo parece
estar bem, porque conseguimos viver sem sobressaltos. Porventura, até com algum
sucesso. Um viver com sentido dentro do mercado. Sem sentido dentro do
Humano-Consciência. Há um abismo intransponível entre o Humano-Consciência e o
mercado. Não é politicamente correcto dizer isto, eu sei. O politicamente
correcto desconhece a Política praticada, como desconhece o Humano-Consciência
como o ponto ómega do Universo. O mercado das religiões e financeiro tem o
condão de matar o mistério que é a dimensão mais profunda do Humano-Consciência
no Universo. Uma realidade que se dá a conhecer, à medida que cada uma, cada um
de nós se desenvolve de dentro para fora, de acordo com a sua matriz original.
Nascemos para rebentar com o mercado das religiões e o financeiro, não para o
viabilizarmos, fortalecermos. Urge redescobrir o belo e o fecundo que é
vivermos com perguntas, em lugar de com respostas, as respostas vendidas pelo
mercado das religiões e o financeiro, assassino da originalidade de cada qual.
17 Junho 2015
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