Há um bailado caoticamente ordenado vindo do caos e a
caminho de caos, um vórtice galáctico arrastando uma insignificante estrela que
embrulha, helicoidalmente, uns planetas que nada representam na negrura do
vazio.
A luz que emana dos inúmeros vórtices sugadores dos
universos que existem, e que devem existir muitos outros além deste, os
multiuniversos do outro lado dos vórtices, engolidores de matéria, energia, luz
e outros vomitadores. Do outro lado do vórtice luz, matéria e tempo formam um
vómito único.
O sol, esse invicto deus criador, se não existisse, não
teria qualquer significado ou importância para o vórtice em que se despenha e
arrefece.
Seguimos neste bailado e não nos detemos a pensar na
existência sem importância, onde a regra é o negrume vazio e a luz que viaja
nele é a excepção.
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