Os Verdes Anos (1963)
Director: Paulo Rocha
Verdes Anos é uma obra de mocidade, um filme confessional, contado com pudor, como que a pedir desculpa, o choque entre a aldeia pura e a cidade corrupta, ou, se quisermos, o choque entre o fim da adolescência e a entrada no tempo adulto.
Mas Paulo Rocha soube evitar a retórica e servir-se de uma história muito simples (...), retirando-lhe o melodrama e a retórica através da singeleza, da naturalidade, da sinceridade, do estado de graça dos jovens actores, mas insinuando-lhe o sangue e a morte por debaixo da ilusâo de um real agradável, descontraído, quotidiano.
Rodado numa zona mítica do novo cinema português - a zona em torno do Café-Restaurante Vává, no rés-de-chão do prédio onde vivia o realizador, com a sua população e os seus hábitos bem aos anos 60 -, Verdes Anos, é contado num cinema límpido, directo, como as melhores coisas da nouvelle vague (ou de Olmi...), em que a imagem domina sempre o diálogo, aqui coloquial e autêntico, escrito por Nuno Bragança (os versos da lindíssima canção-tema de Carlos Paredes - outro nome-símbolo do novo cinema - são de Pedro Tamen, colaborador activo do Centro Cultural de Cinema, a que Paulo Rocha está muito ligado), uma imagem devida ao francês Luc Mirot (o operador foi Elso Roque) e trabalhada no laboratório da Ulyssea Filme, do Engº José Gil, que terá participação de relevo no auxílio técnico à jovem produção portuguesa como já acontecera com Dom Roberto .
Director: Paulo Rocha
Verdes Anos é uma obra de mocidade, um filme confessional, contado com pudor, como que a pedir desculpa, o choque entre a aldeia pura e a cidade corrupta, ou, se quisermos, o choque entre o fim da adolescência e a entrada no tempo adulto.
Mas Paulo Rocha soube evitar a retórica e servir-se de uma história muito simples (...), retirando-lhe o melodrama e a retórica através da singeleza, da naturalidade, da sinceridade, do estado de graça dos jovens actores, mas insinuando-lhe o sangue e a morte por debaixo da ilusâo de um real agradável, descontraído, quotidiano.
Rodado numa zona mítica do novo cinema português - a zona em torno do Café-Restaurante Vává, no rés-de-chão do prédio onde vivia o realizador, com a sua população e os seus hábitos bem aos anos 60 -, Verdes Anos, é contado num cinema límpido, directo, como as melhores coisas da nouvelle vague (ou de Olmi...), em que a imagem domina sempre o diálogo, aqui coloquial e autêntico, escrito por Nuno Bragança (os versos da lindíssima canção-tema de Carlos Paredes - outro nome-símbolo do novo cinema - são de Pedro Tamen, colaborador activo do Centro Cultural de Cinema, a que Paulo Rocha está muito ligado), uma imagem devida ao francês Luc Mirot (o operador foi Elso Roque) e trabalhada no laboratório da Ulyssea Filme, do Engº José Gil, que terá participação de relevo no auxílio técnico à jovem produção portuguesa como já acontecera com Dom Roberto .
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