Querendo um Ladrão entrar em uma casa de noite para roubar, achou à porta um Cão, que com ladridos o impedia.
O cauteloso Ladrão, para o apaziguar, lhe lançou um pedaço de pão.
Mas o cão disse: Bem entendo que me dás este pão por que me cale, e te deixe roubar a casa, não por amor que me tenhas: porém já que o dono da casa me sustenta toda a vida, não deixarei de ladrar, se não te fores, até que ele acorde, e te venha estorvar. Não quero que este bocado me custe morrer de fome toda a minha vida .
(Furtado por aí)
7 comentários:
Era uma maravilha se o povo português fosse como este cão... infelizmente não passamos de rafeiros da pior espécie - até no dono mordemos!
Todos os pássaros comem o trigo, mas só o pardal é o culpado.
Venho aqui em defesa dos rafeiros, os cães mais bem sucedidos, contrariamente a muitos canídeos com pedigree ou coisa parecida.
Estou mesmo a falar de cães!
O Cão resistiu à tentação de arruinar o seu futuro, por um ínfimo proveito adicional!
Esta história fez-me recordar um dos famosos dogmas de Extrema Esquerda: - "O Capitalismo tem uma tendência para se auto-destruir"! De todos esses dogmas doutrinários, este é o único que por vezes me faz pensar e reflectir!
Por vezes, existem empresas com volumes de negócios planetários de biliões, que para reduzir algumas poucas centenas ou milhares de dólares em custos, fazem práticas irracionais ou auto-destrutivas:
- Cortam na segurança, na vigilância, colocam no mercado produtos com pequenos componentes e peças sem qualidade (mas uns cêntimos mais baratos), não fazem todos os testes possíveis a equipamentos ou softwares, recorrem a serviços sub-contratados de confiança duvidosa, etc...!
Algumas vezes, essas poupanças de algumas centenas ou milhares; conduzem a prejuízos de biliões:
- São produtos caros que têm de ser retornados à fábrica ou trocados às dezenas ou centenas de milhar, por uma pequena peça defeituosa...
- São desastres industriais, ecológicos ou ambientais...
- É publicidade negativa e escândalos mediáticos perante a opinião pública mundial, que fazem reduzir os volumes de vendas da empresa no planeta...
- E claro, a restante sociedade também fica a perder, atingida por danos colaterais!
Por vezes, para ganhar umas migalhas extras, fazem-se práticas que levam à perda de milhões!
Se os restantes comentadores estiverem atentos às notícias dos últimos meses, vão encontrar vários casos que encaixam neste raciocínio!
Nunca tiveram em casa algum produto que vos tenha custado centenas de euros, mas que se inutilizou por completo e sem reparação possível, devido a uma pequena peça defeituosa ou sem qualidade de 2 ou 3 cêntimos? Vão voltar a adquirir produtos desse fabricante?
Caro Bruno,
O teu oportuno comentário dá para um post.
Muito oportuna a tua análise.
Há um ditado popular que reza: vai-te lucro que me dás perca, pois a actualidade a ideia que anda a martelar o cidadão é para a solução imediatista, escondendo para debaixo do tapete o que borra a pintura.
A memória é curta ou não existe, pois quando chegar a altura de assaltar a casa, o pedaço de pão e circo aparecerá para comprar o cão.
E o homem, ao contrário do cão, é fácil de comprar. Basta uma promessa pequenina de um emprego na Câmara...
Não sei o que se passa no palácio do Marquês porque todos querem ir para lá!!!
PS.Não chamem rafeiro ao cão. O bicho tem dignidade.
Chamem-lhe, nesta época do politicamente correcto, GVLP (Genuíno Vira-Latas Português).
Rafeiro, para mim é aquele cão que tendo pedegree ou não, não tem classe... aquele que é capaz de morder a quem o alimenta e fugir, e daqui a um bocado voltar, para ver se há mais alimento...
É aquele que alimentamos com um propósito (guarda, companhia, etc), e na hora da verdade, não está lá...
Não há duvida que continuamos a ser governados por "RAFEIROS"...
Mais - acho quase impossivel arranjar um CÃO... não deve querer misturar-se com tais "RAFEIROS"
Ainda há aqueles que comem os próprios donos! LOL
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