A questão ecológica não é só científica, mas também económica e principalmente política. Tudo o que se aplica a nível global tem sido aplicado e está a ser aplicado a nível local.
Apesar de tudo o que nos possam impingir e convencer com a politica ambiental, pois nunca se falou tanto de aquecimento global como agora, as leis da economia vigentes não são alheias ao ser humano consumidor nem ao meio ambiente, condicionando as sua relação com este.
Se o que está a dar é alindar e limpar, então vamos limpar o que nós próprios sujamos, desde que isso nos dê vantagens de qualquer tipo ou espécie, pois este duplo trabalho de sujar e limpar será sempre pago pelos mesmos. Será só vantagens obtidas sobre a viga que apoia nos pilares propriedade pública e propriedade privada, dado que sendo privada a propriedade, terei que a cuidar e claro que fico com a liberdade de poluir os espaços públicos tais como atmosfera, solo, rios, lixeiras, baldios, além da propriedade privada dos outros.
Os recursos públicos virgens e em especial os vitais têm estado ao serviço de alguns privados a custo zero, e cada vez mais estes se apresentam como os únicos gestores capazes para os usar, pois é assim que se auto promovem, que os consomem, degradam e desperdiçam, poluindo os espaços públicos que depois limpam a troco de vantagens. Pelo meio ficou o lucro, o desperdício, a não qualidade e os resíduos de fim de linha. Tudo isto em nome de uma sigla chamada de progresso.
Além de estar a tinto, deve o cidadão estar atento, não embalando em cantos de sereia, a cosmética ecológica.
1 comentário:
Concordo e aplaudo, amigo Manel! Este post lembra bem a importância do que se decide na cimeira de Copenhaga. Decidirão os políticos pela rama? As próximas gerações carregarão em cima dos actuais responsáveis e cobri-los-ão de mortal negrume...
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