«Sabes o que me lembra este céu? Mais ou menos: a guerra dos astros. Tal e qual. A guerra dos mundos. Um sol maléfico, que tenta destruir a maquete, e sete planetas menores que tentam defendê-la.» [Finisterra, Carlos de Oliveira]
Caro Manel Esta foto convida-nos ao imaginário de vidas passadas. Esta casa em ruínas deve ter abrigado sonhos, alegrias, amor criativo, festas, conversas, ralhos e modos de viver decerto simples, que se vão perdendo nesta rústica paisagem á medida que as paredes vão ruindo, sem resistência possível, ao abandono.
Carlos, Esta era a arquitectura da casa gandaresa remediada, do final do século 19. Era idêntica à do meu avó, em que o pátio, telheiros e currais do gado eram á frente para a rua, e que se podem ver nas ruínas. A casa do lavrador era ao fim do páteo. Daí o afastamento da estrada em relação á actual casa da minha mãe a que foi do meu avó, depois da demolição do páteo frontal por razões de alteração da produção agrícola no início do século 20 que originou o páteo mais privado. Existe uma casa rica no Escoural do século 19, que é um autêntico palacete, a quinta do Gralho, onde a rapaziada da Associação festejou o primeiro de Maio. ver: http://escouralbarrins.blogspot.com/2008/05/exposio-de-alguns-artigos-realizados.html
A arquitectura das casas rurais, na Gândara tal como na Bairrada, teve que evoluir com a mudança do modo antigo da produção agrícola, mas não só por isso. A própria composição familiar normal se alterou: reduziu o seu tamanho. Enfim, a mão-de-obra intensiva de outrora, com recurso a gado e estrumes, deu lugar a máquinas, fertilizantes químicos, monoculturas, etc. As amplas casas agrícolas, com currais, palheiros, adegas, pátios, etc., reduziram-se igualmente. Hoje predomina por aí uma arquitectura de tipo suburbano, digamos residencial, pois restam escassos terrenos que resistem à ruína da agricultura. Por tudo isto, amigos Manel e Carlos, essa imagem é um ícone verdadeiramente sentimental e tão expressivo. Abraços.
3 comentários:
Caro Manel
Esta foto convida-nos ao imaginário de vidas passadas.
Esta casa em ruínas deve ter abrigado sonhos, alegrias, amor criativo, festas, conversas, ralhos e modos de viver decerto simples, que se vão perdendo nesta rústica paisagem á medida que as paredes vão ruindo, sem resistência possível, ao abandono.
Abraço
Carlos Rebola
Carlos,
Esta era a arquitectura da casa gandaresa remediada, do final do século 19.
Era idêntica à do meu avó, em que o pátio, telheiros e currais do gado eram á frente para a rua, e que se podem ver nas ruínas. A casa do lavrador era ao fim do páteo.
Daí o afastamento da estrada em relação á actual casa da minha mãe a que foi do meu avó, depois da demolição do páteo frontal por razões de alteração da produção agrícola no início do século 20 que originou o páteo mais privado.
Existe uma casa rica no Escoural do século 19, que é um autêntico palacete, a quinta do Gralho, onde a rapaziada da Associação festejou o primeiro de Maio.
ver: http://escouralbarrins.blogspot.com/2008/05/exposio-de-alguns-artigos-realizados.html
Um abraço
manel
A arquitectura das casas rurais, na Gândara tal como na Bairrada, teve que evoluir com a mudança do modo antigo da produção agrícola, mas não só por isso. A própria composição familiar normal se alterou: reduziu o seu tamanho. Enfim, a mão-de-obra intensiva de outrora, com recurso a gado e estrumes, deu lugar a máquinas, fertilizantes químicos, monoculturas, etc. As amplas casas agrícolas, com currais, palheiros, adegas, pátios, etc., reduziram-se igualmente. Hoje predomina por aí uma arquitectura de tipo suburbano, digamos residencial, pois restam escassos terrenos que resistem à ruína da agricultura. Por tudo isto, amigos Manel e Carlos, essa imagem é um ícone verdadeiramente sentimental e tão expressivo.
Abraços.
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