quinta-feira, maio 31, 2007

A ler ou a ver

“Fahrenheit 451” Montag é bombeiro, tem cerca de 30 anos e é casado com Mildred, uma mulher que chama “família” às personagens da sua televisão interactiva de três paredes e que usa constantemente uns auriculares, em forma de conchas, para continuar a ouvir os “parentes”. Passado no século XXIV, num mundo sem memória. No século XXIV, os bombeiros não são sinónimo de heroísmo nem têm a tarefa de apagar incêndios (todas as construções são à prova de fogo e espaços verdes quase não existem). Ocupam-se, antes, de um sinistro trabalho: existem para queimar livros e incendiar as casas daqueles que cometem a ilegalidade de possuir literatura. “Fahrenheit 451”, que dá titulo ao livro, é precisamente a escala e a graduação usada para incendiar os volumes. A história de Montag representa também o combate individual num mundo de obediência servil e a sabedoria que pode ser descoberta nas páginas dos livros.

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