O chefe fala
alta, berra, enquanto abre os braços. Elege um alvo bem definido que seja débil
e fraco, tal qual o lobo mais enfezado da matilha onde os do topo descarregam
as frustrações com umas rosnadelas e dentadas.
Não há diferenças
ideológicas nos seguidores do chefe, nem propostas a esgrimir. Tudo se passa na
disputa de lugares a quando da luz verde de início da corrida ao pote, onde a "pole position", essa, é do chefe. Depois se discutirá quem irá para onde. O importante
é o aroma do mel e que a vontade de correr ao pote se mantenha, pois é dessa
fome coletiva que o chefe se alimenta.