segunda-feira, setembro 28, 2020

O folclore e os ranchos folclóricos.


 

Um filme de Tiago Pereira.

https://vimeo.com/385049535

Gil Raro

"Sobre folclore e ranchos...é um assunto delicado. É muito difícil porque custa ver pessoas em cima de um palco. E começo logo por aí, em cima de um palco a dizer que estão a representar os nossos antigos com fidelidade, coisa que é impossível. É impossível naquele modo porque os ranchos não conseguem, como é que hei-de dizer isto, os ranchos não conseguem representar com fidelidade porque não querem. Porque existe mais que um sítio com prova isso em que parques temáticos, aldeias reconstruídas, espaços reconstruídos ou construídos especificamente para albergar cidades históricas para que se possa naquele sitio fazer representações de recriações históricas fiéis e quando eu digo fiéis é sinceramente fiéis, sem electricidade, sem microfones, sem luz eléctrica, sem água corrente, sem nada disso. Os grupos não estão para isso e pecam logo por aí porque estão, estão a dizer que estão a fazer como se fazia à 100 anos e não estão! Efectivamente não estão.

E agora dentro dos grupos circula que não é só cantar e dançar, não é só dançar e cantar, não é só dançar e cantar, nem só o resto. É tudo! Tudo o que eles vão fazer um dia a partir do momento que é um espectáculo não é fiel, não pode ser fiel. Para já o espectador tem de participar, o espectador é que tem de sentir que é fiel e tem de participar para sentir que é fiel. Depois os grupos têm de promover sítios e espaços onde a fidelidade da representação à época tem de ser extrema, loucamente extrema.

Desde o tecido que é feito como à época, até à casa que é construída em taipa, ao pinheiro que é deitado abaixo na quadra da lua, é serrado e cantado a cante da serra, e é serrado com 5 ou 6 homens,é posto a secar às quadras da lua, é emprenhado e posto nas paredes à moda tradicional, são feitas encavilhas feitas na forja, são deitados fasquios, depois é deitada a terra, é deitado argamassa e é deitado o reboco por cima, é feita a casa, é construído os móveis, isto é ser fiel, isso é ser fiel e documentar isto tudo. Isso é que é o grande para mim é que é o grande desafio de um grupo. Só que os grupos não se prestam a isso. Porque para já dá trabalho depois é necessária uma partilha e um pesquisa muito profunda de conhecimentos e os grupos guardam para si tudo aquilo que encontram a sete chaves não partilham nada. Um partilha, outro ali e não partilha tudo, nunca partilha tudo o que sabe. Nem se deve partilhar tudo o que se sabe sempre, mas numa necessidade as coisas devem-se saber.

Depois a mim dançar e cantar não me convence. Não me convence, para já não me convencem as danças, é a primeira coisa que não me convence. Uma pessoa depois de um dia de trabalho, numa romaria dançava horas seguidas com braços ao alto, assim super alinhados, não dançavam. Dançavam, dançavam danças de roda e essas coisas porque é aquilo que nós instintivamente nós fazemos é juntarmo-nos em roda. Porque é que há danças de coluna aqui, danças de coluna acolá e depois toda a gente sabe, 5 ou 6 pares sabem todos dançar. Enquanto antigamente era quase tudo de rasto ou uns contra os outros quando haviam homens e mulheres, nem um casal dançava às vezes.

E tocatas é muito bonito. Eu gosto muito quando os grupos começam a dizer “ah este traje, este traje foi feito o mais fiel possível e depois vemos com instrumentos feitos todos agora, todos modernos, caixas largas amplificadas, com apertos todo em, cravalhames, não é o que se quer, tem outro nome mas em vez de ser cravalhames de madeira são cravalhames de plástico e metal a apertar aquilo tudo. Depois é simples de afinar as cordas, as cordas já vêm todas emparelhadas, já vêm naqueles saquinhos todos certos, não é qualquer corda como era antigamente. Parte uma corda já não toca na viola, pronto já não se toca na viola e antigamente com duas ou três cordas serviam.

Eu acho que também tem haver com a humildade das pessoas porque muitas vezes os grupos é o potencial teatro para as pessoas que elas pensam que podem ir lá e serem todos ricos. Os grupos têm sempre, às vezes terras que só tinham 3 ou 4 casas de lavoura, têm 5 ou 6 trajes de lavoura de grandes lavradores, de gente abastada e ninguém quer vestir roupa de trabalho. E outra coisa, acho vergonhoso quando rebentam calças e a calça é nova, os dois panos são novos, os dos remendos, nunca usados. Isto é uma machadada para os grupos porque é sinal que não trabalham. Onde é que estão os milhos? Agora estamos na época das desfolhadas. Algum deles lavrou o campo? Gradou o campo? Semeou o campo? Sachou? Arrendou? E mondou? Ninguém fez isso! Foram só apanhar o milho que já estava semeado por máquinas e por essas coisas todas. Quem é que pegou numa junta de vacas e fez uma lavra? Quem é que pode dizer que este milho foi do princípio ao fim tratado como era há 100 anos atrás? Os grupos querem as desfolhadas e não é desfolhadas com antigamente que eram pilhas de milho até ao tecto. São um grupo de desfolhadas e depois o resto da noite a dançar. (…) dança-se muito, trabalho, não é? Pega nele?

– Conta a história da saia.

– Ah do saiote? Isso é, isso é, quem não usa não é mestre e os ranchos padecem disso, por não usarem não são mestres. Mas eu também não o sou! Sei daquilo que me dá jeito ou que não dá mas foi constante aprendizagem também. Da roupa e sempre que mando fazer ou faço uma peça nova melhoro-a e adequo mais à função que é e aquilo que me dá jeito.

E certo dia uma rapariga pediu-me para fazer um saiotezito como aqueles que nós vemos amiúde nos grupos do Minho. Assim chegadinho à perna com quase palmo e meio de renda, até parece que foram sacados dos guardas-camas. E eu disse:

- Oh menina eu não faço. Não faço porque não concordo com isso, não acredito.

E ela:

- Podia fazer porque elas usavam isso.

- Oh menina, desculpe a menina vai, a menina é menstruada? (Antigamente até se dizia que eram assistidas). A menina é assistida? Já experimentou andar sem cuecas ou sair sem os entapamentos que se usam agora? E usar só essa saiazita que quer para limpar a menstruação? Se não usou, use. E depois vai-me dizer se preferia limpar a menstruação a pano ou se prefere limpar a rendas. E daí vai os saiotes todos, camisas, aquelas camisas ajustadas à perna? Não pode! Não pode porque as mulheres quando eram menstruadas puxavam uma fralda para cima, uma fralda para trás e prendiam-nas. Porque é que se chama fralda a uma camisa.

A gente vê os grupos, alguns deles trazem ceroulas, trazem e mesmo assim vêm assim com ela toda arregaçada para cima que é para ver, toda a gente ver que tem ceroulas. Para quê? Se os homens não iam, nem sequer lavrar, iam com a ceroula para baixo se tivessem de arregaçar a calça também arregaçavam a ceroula para cima. Anda a ceroula para baixo, para quê? Só para resguardar as calças? A ceroula também não é de resguardo? A guardar é tudo que se possa proteger. E outras coisas. Os grupos pecam por aí, por não usarem, não usam nas alturas adequadas e não promovem dos grupos, terem uma sede com espólio etnográfico, nem promovem actividades que não sejam só esta superficialidade de vindimas, essa superficialidade de desfolhada, às vezes de vez em quando vemos o linho e eu tiro o chapéu a alguns grupos que fazem o processo do linho porque tem que se lhe diga o processo, não é? Porque é que poucos grupos o fazem? Num país em que o linho abunda desde o Norte ao Sul porque é que só um ou outro grupo é que faz o processo do linho? Porque dá trabalho, da semeia até ao fiar e até o pôr numa manta. Por isso é que os grupos não fazem.

E romarias? A que romarias é que eles vão na nossa terra? Não vão. O Douro é por excelência a terra das romarias e eu à minha porta não faltam romarias num raio de 30 km. E o povo fazia-as todas, fazia-as todas e os grupos agora vão? Se houver dinheiro para um autocarro, vão se fulano e sincrano fôr, e se for lá mais alguém e para se encontrarem. Já ninguém vai por devoção. Também não é preciso cada um tem a sua. Agora ir à romaria, ia-se a pé, vinha-se a pé, ia-se e vinha-se com condências cheias de comida, nem que fosse só pão mas elas iam cheias, não iam vazias.

Porque é que às vezes a gente vê grupos, porque há grupos que se esmeram mais e outros que se esmeram menos, mas mesmo os que se esmeram a meu gosto não porque é o caminho a ir. O caminho dos grupos está na construção de um sítio onde possam recriar as actividades e não num palco, num palco não. Os grupos que metam na cabeça que num palco nunca vão conseguir recriar nada. Nem é um dedo mais fiel, nem dois dedos mais fiel pelo facto de trazer saias mais compridas ou mais curtas, usarem mais saiotes, por se dedicarem mais ou se dedicarem menos, a pesquisar mais ou menos. Não é nem mais fiel nem que menos do que um grupo que seja tipo consoadas, vai todo igual, seja tipo leilões, aqueles grupinhos que ainda se vê, todos iguaizinhos. Esses dois grupos são iguais porque não vão à raíz à base, por isso não vale a pena andar aí a criticar “Ah olha para aquele grupo parece um rancho de leilões”, e mais não sei o quê, “ainda não passou daquilo”.

A única coisa mudou foi o seu traje e às vezes as canções, não apresentam nada de novo. E essa moda agora de fazer quadros etnográficos, feiras, romarias e outras actividades em cima do palco, para não ser só cantar e dançar. Isso é o laço, é o laço da questão, é o que está mais acima, e que é o mais fácil de resolver. Fazes uma feira, vês uma data de pessoas lá, e entras na feira e depois começa um baile, e onde é que numa feira se vai lá? Só se for numa romaria que tem a feira que isso acontece. Agora nas feiras quinzenais, mensais e aquelas feiras de gado que é isso que são as verdadeiras feiras que eles pretendem recriar, não haviam danças nem nada disso. Que é que havia? Havia era vender e comprar e à noite vir para casa porque no dia a seguir é trabalho.

Isso é que chateia, chateia porque os grupos dizem depois, depois há uns quantos doutores no meio disto tudo. Uma vez um disse-me:

- Você está a dizer isso mas olhe que eu fiz uma pós-graduação nisso. Uma pós graduação em folclore que eu percebo disto.

E eu disse:

- Olhe, na minha terra doutores são os da mula russa.

– O que é folclore então?

- Quer a gente goste quer a gente não goste, até eu coloco muitas questões sobre o assunto, existe uma entidade que se chama UNESCO que deve lá ter pessoas que são no minimo competentes para definir ao longo destes anos todos que se …. um determinado, uns parâmetros, uma quantidade determinada de parâmetros para definir o que é folclore e são 4 salvo erro. Um é a passagem oral; outro é a dinamicidade, estar vivo; outro é a aceitação colectiva; e acho que mais um ou outro, eu não posso precisar agora.

Mas o grupos até cumprem isso tudo menos na parte de estar viva. Porque o facto de estarmos em cima de um palco a cantarmos cantigas que se cantavam à 10, 20, 30, 40, 50, 100, 200 anos que vêm do nosso cancioneiro não faz com que elas estejam mais vivas. Não deixa de ser uma representação. Só é vivo quando entrar no seio da nossa vida actual, é quando nós vamos pelo caminho e traulitamos esses romances, é quando vamos pelo caminho e cantamos essas canções. Isso é que manter uma cultura viva, não é através de uma recriação histórica que é apenas um gozo teatral com uma componente histórica, é apenas isso, é um saudosismo. Até podemos dizer que é um saudosismo de um tempo que a gente até nem viveu mas é próprio de uma cultura querer, querer louvar os seus antecessores.

Dizia eu que não é vivo porque nós não tomamos na sua, no nosso dia-a-dia. E uma grande prova disso é que não ouvimos os grupos a cantar romances. Passam 20, 30, uma hora, minutos, uma hora em cima de um palco e não páram para cantar um romance de uma ponta à outra. Porque isso exige duas coisas. Pois isso exige que uma pessoa saiba, exige prender a audiência e como aquilo é espectáculo barato puro e duro não se canta isso, porque se não as pessoas vão-se embora, porque as pessoas não querem saber. Depois o grupo não é bom porque não deu espectáculo e depois porque as pessoas não sabem o romance de uma ponta à outra. Porque não cantam no seu dia-a-dia.”

https://vimeo.com/385049535

 


terça-feira, setembro 22, 2020

Sigamos o caminho.

Hoje é o dia da semana dedicado a Marte e dia de equinócio, a lembrar-nos que três dias depois do próximo solstício a luz começará a ganhar, novamente, terreno à noite.

«Sabes o que me lembra este céu? Mais ou menos: a guerra dos astros. Tal e qual. A guerra dos mundos. Um sol maléfico, que tenta destruir a maquete, e sete planetas menores que tentam defendê-la.» [Finisterra, Carlos Oliveira].

Sigamos o caminho.

quinta-feira, setembro 17, 2020

segunda-feira, setembro 14, 2020

A construção Fátima e o COVID-19.

 


A construção Fátima e o COVID-19.
Foi também graças a uma pandemia, a gripe espanhola, que Fátima se construiu.
Só sobreviveu uma das três crianças. Esta foi isolada e afastada da família no que eu sei, além de outras coisas que eu não sei.
Imaginem com três "testemunhas" como teria sido!
Depois veio a pandemia do comunismo que serviu para a fase posterior da construção.
Neste momento, Fátima como fenómeno de crenças, vive uma fase em que o negócio envolvente, também suporta a sua atual construção.
Apesar do santuário não apresentar contas, segundo leio e ouço na Comunicação Social, à volta e associado ao mesmo há uma economia importante em valor para a região e o país.
Vamos ver como irá evoluir a pandemia e a economia, mas sinto que nada de bom virá, que nos irão contar uma história oficial em que a bota não baterá com a perdigota. Vejam-se os atentados de Nova York de 11/09/2001 que foram há 19 anos!
Daqui a 19 anos saberemos mais alguma coisinha, se ainda estivermos vivos e capazes em discernimento .

quarta-feira, setembro 09, 2020

Oração a S. Bento contra a inveja.


 

Oração a S. Bento contra a inveja.

 

São Bento na água benta, Jesus Cristo no altar, quem estiver no meio do caminho que se arrede para eu passar.

A cada salto, a cada descuido, São Bento na água Benta, Jesus Cristo no altar, quem estiver no meio do caminho se arrede e me deixe passar.

Pois creio em Jesus e em seus Santos, que nada ofenderá a mim, á minha família e a tudo que eu criar.

Ámen.

Reza para que o homem não procure outras mulheres


 

Reza para que o homem não procure outras mulheres

 

Fazer a oração, quando ele estiver a dormir, fazendo com que a imagem, uma fotografia sua, fique próxima ao coração dele. Tenha o cuidado para não deixar transparecer, fazendo a oração em pensamentos. Não precisa de tocar na fotografia.

 

Oração

Assim como São Jorge dominou o Dragão, fechará para outras mulheres o coração de [pensar no nome dele], que só ficará aberto para mim e cheio de bons sentimentos.

Assim como São Jorge dominou o Dragão, acabará com o desejo de [pensar no nome dele] ficar com outras mulheres, somente tendo desejos ardentes por mim, somente tendo prazer comigo, unicamente.

Assim como São Jorge dominou o Dragão, acabará o pensamento de [pensar no nome dele] em relação a qualquer mulher, por mais atraente que essa seja, porque ele somente terá em seus olhos a minha imagem.

 

Rezar um Pai Nosso e duas Ave Marias.

Nota: também funciona para mulher.


terça-feira, setembro 08, 2020

Para tirar o Quebranto a um criança.




Para tirar o Quebranto a um criança , versão  trazida do Brasil.

A mãe da criança, com a ponta da língua faz uma cruz, na testa da criança, dizendo esta oração:

Eu te benzo do Quebranto do bem-olhado do bem querer, do mau-olhado de mal querer, da inveja, olho gordo, olho grande, em nome do Pai , do Filho e do Espírito Santo.

Fazer esta oração e ritual três vezes, sempre com a criança acordada. Não se faz cruz na testa de crianças a dormir, pois não estão estão sendo veladas.

Se a saliva ficar salgada a criança está mesmo muito quebrantada!...

Com três galhinhos de oliveira, uma tesoura e um copo d`água, fazer a mesma oração passando o galho em cruz na criança, primeiro na testa, depois ao umbigo e por último nos ombros de um lado a outro, invocando a mesma reza acima, e atirando o galho para as costas de quem está benzendo, até o último galho. Quando terminar de passar em cruz o último galho e o atirar para as costas, verificar em que posição caíram. Se todos caíram com a ponta do galho virados contra a pessoa, ramos ao contrário da pessoa, a criança está bem quebrantada. Se um galho a favor e dois contra, está um pouco. Se todos a favor, o mal é outro e não Quebranto!

Para terminar, cortar com a tesoura todos os galhinhos em pedacinhos e colocar todos os galhinhos no copo d'água e esperar do lado de fora da porta. Despejar fora da casa, bem longe da criança, onde não irão passar novamente. Fazer isto antes do pôr do sol .

Com três pequenas pedras carvão da lareira acesas, uma tesoura e um copo d'água, repetir a oração acima com a tesoura segurando firme a pedra de carvão e colocar no copo d'água, Fazer isto até terminar todas as pedras, que são passadas passadas em cruz na frente da criança, mesmo estando no colo de outra pessoa. Terminada a colocação de todas as pedras de carvão no copo, verificar em posição ficaram. se ficaram no fundo tudo indica que está tudo bem. No meio, um pouco quebrantada. Todas na superfície, bastante quebrantada. Não esquecer de repetir a oração por 3 dias, e de despejar os resquícios bem longe antes do sol se pôr, a cada dia.

segunda-feira, setembro 07, 2020

Uma pandemia chamada Estupidez

 


Estou a pensar que a humanidade vive uma pandemia pior que a do Covid 19, sem qualquer vacina possível e, garantidamente, sem tratamento à vista. É a pandemia da Estupidez!
Fujam do estúpido que não há cura. Ele prejudica-vos pela certa.
O livro do Levítico deve levar uma apostilha. Onde está Lepra deve-se juntar Estupidez

terça-feira, setembro 01, 2020

Os trilhos das coisas.


 

Passado este agosto com pouco gosto a esperar pelas coisas, enquanto se faz acontecer.

As coisas que já tinham perdido o encanto da euforia com que se pintavam. Os efeitos da cascata tecnológica em que estamos embrulhados já se sentiam nos modelos seguidos e assumidos como dogmas. Tem faltado coragem aos líderes europeus, ou porque não querem, ou porque a mando, ou então por razões de grupo de interesses camuflados de ideologia. Tudo serviu para chegar a este estado de coisas.

A pandemia antecipou a curva a 90 graus, e o comboio descarrilou. Ainda não sabemos quando ele para de se entrechocar, tal a inércia da composição.

Alguns, os do costume, já saíram do comboio. Os líderes europeus continuam os mesmos e nós estamos no meio dos destroços ainda em movimento.

Olho a realidade que está fora do comboio, enquanto este se vai estampando.

Os galifões da finança já estão noutra. Só esperam que o pessoal desça das carruagens em campo aberto. É que nós temos que continuar a viagem.