segunda-feira, agosto 31, 2020

Business as usual


 

Enquanto a pandemia reina, as empresas de capital investem, adquirindo empresas do tipo A, B e C, seja lá o que isto queira dizer, nos setores da distribuição, agora a distribuição industrial.

Mais se vangloriam que o investimento de controlo só pode beneficiar na experiência adquirida e  que que agora oferecem. E continuam afirmando que não são como os outros do ramo, pois estão equipados com novas ferramentas de gestão e com as melhores equipas para criar valor aos investidores e que é esta atitude que os diferencia.

Agora é que a coisa vai! Ironizo, que é o que aqui posso fazer.

Que posso eu fazer para além do esforço em perceber o que me rodeia?

Nada me surpreende. As coisas seguem o seu caminho.

 

quarta-feira, agosto 12, 2020

Áspero

 

Áspero.

Há um gosto áspero neste tempo de espera. Não é amargo nem é doce. É uma aspereza em toda a gama dos sabores.

Provamos a cada momento a espera na sua rudeza, à espera do que está para vir.

Uma certeza: já nos faltou mais para o fracasso.

 


Música de grafonola

 


Música de grafonola.

Para que serve um arsenal nuclear, uns mísseis de médio ou longo alcance no combate à uma pandemia tipo covid19? É uma pergunta sem sentido, não ê?
Eu sei que tínhamos de consumir menos, e do que daí resulta em menos vestuário, menos automóveis, menos viagens de turismo , menos aviação, menos parecer ser, menos ostentação , menos e menos.
De repente as fronteiras, que justificam a existência de armamentos tão sofisticados, essa invenção, nada vedam.
Mas o que vejo, e ainda nem luz ao fundo túnel se vê, é o pensar tudo com dantes, a politiquice do poder,  é vira o disco e toca o mesmo.
As soluções antigas não funcionarão, as atuais são as que se podem fazer, e o futuro não existe pois ainda não chegou.
No entanto a música que se ouve é sempre a mesma, já gasta, e sempre os mesmos tudólogos.
Eu já mudei de a forma de olhar as coisas.
O povo, esse, quer a grafonola a tocar.
O povo junto não se salva,  diz ele, o povo que também diz que é a voz de Deus. Entretanto Deus mudou de programa salvífico há uns 30 anos.

Eu já mudei. Já vos tinha dito, não tinha?
Eu também não quero converter ninguém, nem tenho qualquer salvação a apresentar-vos.
Eu ando a ouvir outras músicas.


quarta-feira, agosto 05, 2020

Porque foges Ramalho?


Porque foges Ramalho? Perguntou o bispo que visitou a prisão, depois de ter perdoado ao João que lhe deu um beijo na mão, e ao José que lhe deu um beijo no pé.

Estamos nós a viver este momento louco de corridas contra o tempo, em que os principais participantes estão perdedores à partida e mesmo assim o estão a negar.

Sinto que grande parte do pessoal que está nos lugares da cadeia de decisão não imagina, ou nem quer imaginar, que a guilhotina desta reviravolta decapitará todos os seus participantes exceto alguns que ousam saber da existência da salvadora escapatória.