quinta-feira, agosto 31, 2006

Felizmente há luar

Mas nem tudo corre mal . O Presidente da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, António Nunes, tem mostrado como se faz um país a sério. Ao contrário de tantos outros serviços de fiscalização onde se segue uma política de fechar os olhos, quando não de pura corrupção, a ASAE tem actuado com rigor e determinação na aplicação da lei. Finalmente temos uma entidade que defende a população contra os mixordeiros e os que colocam em risco a saúde pública. Contra os que vendem gato por lebre e os que não cumprem as regras mínimas de segurança. O último caso foi exemplar. Na sequência de uma vistoria mandou fechar a discoteca Klube e o restaurante Kasablanca em Vilamoura por flagrante falta de higiene. O administrador do grupo, mal habituado, não só não cumpriu a ordem como convocou o jet-set, que pelos vistos não se dá mal com a imundice, para uma grande festa. Foi preso. Portugal precisava de mais uns quantos Antónios Nunes.

quarta-feira, agosto 30, 2006

Traçar a Memória do Concelho de Cantanhede

Recebo na caixa do correio este pedido para ceder, ainda que temporariamente, testemunhos e objectos de valor documental, para que se proceda ao seu registo fotográfico e catalogação. É um tímido começo para um projecto que não passa de uma cópia do trabalho que os grupos etnográficos já fizeram. Sugeria que em vez disso, fosse lançado um alto patrocínio a trabalhos de outro ordem, desde o fomentar a leitura das obras de Carlos Oliveira nas escolas secundárias, apoiar a edição de obras literárias de escritores gandareses e bairradinos (lembro as obras que Idalécio Cação tem para publicar) , assim como estudos histórico e arqueológicos (lembro os trabalhos de Mário Oliveira), entre outros. É que a memória não é só o amontoar de artefactos. Se não for vivida não tem elos para o futuro.

Se até a surda muda ...

O diário asbeiras informa sobre o que há muito se vê e se sabe : Lojas fechadas e corredores vazios é o cenário de alguns centros comerciais. A crise, a concorrência das grandes superfícies, ou a falta de divulgação são algumas das causas. Neste tempo de mudança rápida, em que o perceber a mudança se torna mais valia, aparecerem aqueles que propõem a protecção deste ou daquele sector condenado pela roda avassaladora, é propor mais do mesmo, isto é fazer chover no molhado. Claro que existem as modas, os fluxos, mas culpar estes e aqueles, não passará de mais uma prova de quem não está a perceber a mudança. Não seria tempo de os centros comerciais em causa mudarem o tipo de utilização do espaço? Não seria essa abertura à mudança, também opção do poder local? É que estamos na era da bricolage!

terça-feira, agosto 29, 2006

seu Aristeu

Em plena era de especialistas, seu Aristeu aí está para o servir. (recebido por email)

O último concerto

Os Beatles decidiram acabar com os espectáculos ao vivo devido às más condições tecnológicas da época, que impediam tocar as músicas com qualidade acústica e assim passavam a dedicar o seu tempo a gravações em estúdio. O último concerto ao vivo foi há 40 anos. E penso que foi esse o primeiro passo para o fim da banda. Vejam a longevidade dos Rolling Stones e dos Xutos. Vejam como o sal do público, do tocar ao vivo, tempera e ajusta o sabor, o toque do momento único, que torna a vida bela e única.

segunda-feira, agosto 28, 2006

O regresso das férias

E as férias terminam sem graça, sem interesse e sem apoteose, apesar da alguma ânsia inicial na evasão. As férias têm momentos que até parecem irracionais. Talvez tenham sido inventadas por algum professor, farto até aos cabelos de aturar os filhos dos outros. Mas é o actual modelo da nossa sociedade, em que estar de férias é obrigatório, que as torna cansativas e irritantes, pois é aí que aparecem as filas de transito, os horários, etc., etc.,...

terça-feira, agosto 22, 2006

A Encarnação de uma ideia peregrina

A Câmara Municipal de Coimbra aprovou uma postura municipal que visa impedir a circulação de resíduos industriais perigosos para co-incineração na cimenteira de Souselas. Parece que se limita a um sinal ao acesso da cimenteira. É a Encarnação de um precedente grave, concorde-se ou não com a co-incineração. Esta é uma medida peregrina que nem passava pela cabeça do Sr. Jardim da Madeira. O baixinho Mendes tem o partido malfadado: depois do Alberto, o Encarnação.

sexta-feira, agosto 18, 2006

Calinadas

Em tempos que já lá vão, tinha Coimbra o velho “calinas” como instituição de referência da calinada. Agora, nos tempos que correm, nesta ânsia de agradar a quem paga as notícias, encontramos as calinadas de quem para ser profissional já não basta a dita carteira. O diário asbeiras que faça o frete a quem pague a despesa, mas que ao menos aperte bem a carrada da palha.

sábado, agosto 12, 2006

O deserto dos Olhos da Fervença

Conheço bem o secular moinho e o seu proprietário e meu amigo ti José Luís, moleiro de 80 anos, dos Olhos da Fervença bem logo ali, perto da Lagoa Negra. Sempre me lembro daquela represa sempre cheia de águas cristalinas, um viveiro de pequenos peixes embalada pelo som circular do rodízio. Hoje, 12 de Agosto 2006, ao ir ao moinho em busca de farinha de milho para a broa, encontrei o moinho sem funcionar e a represa com uma pouca água suja e lodo, onde os poucos peixes procuravam escapar. Perguntei se agora este cenário era frequente e a resposta saiu afirmativa, e que era resultado da limpeza da praia fluvial dos Olhos da Fervença. Em conversa com o moleiro e esposa, estes disseram-me que na limpeza da praia fluvial a água é desviada para a vala da veia, que é um ribeiro paralelo às nascentes dos Olhos da Fervença, e depois bombeada, quando o é, da vala da veia para a vala dos moinhos, esta sim abastecida pelas nascentes, com a utilização de uma moto bomba de 2 polegadas. Como a qualidade da água da vala da veia tem muito a desejar, assim com a sujidade criada nas águas da represa chamada praia fluvial dos Olhos da Fervença, encontra-se a rápida justificação para a diminuição do peixe, associando os cortes de abastecimento ao curso de água. Para conseguir manter os poucos Clientes, o moleiro tem recorrido a moleiros vizinhos que não estão dependentes da força motriz das até agora consideradas inesgotáveis nascentes. Tem também reclamado estes cortes de água, mas só tem esbarrado em empregados da Câmara ou da Inova. Esses pormenores de quem é quem, ele diz não saber. Pergunto onde mora o respeito pelo direito de séculos para os moinhos que, cumprindo a sua função secular de reduzir o grão a farinha para alimento das respectivas populações, e lamento que saberes de 80 anos sejam emparedados na memória do esquecimento. É que na verdade, existe um deserto envolvente aos Olhos da Fervença,

quinta-feira, agosto 10, 2006

sábado, agosto 05, 2006

Tempo de construção (8)

Depois de andar pelo Andanças, prometo dedicar-me a estas meninas.

Dazkarieh

Eis os Dazkarieh no Festival Andancas2006 Outros bons grupos por lá passaram. Ouvi, apreciei e também dancei ao som das suas músicas: , uxukalhus , minuitguibolles , João Gentil , ZEF e outros. O festival está a encerrar. Para o ano haverá mais!