sexta-feira, junho 30, 2006

Trabalhar pró bronze

Mais betão a bronzear na Praia da Tocha, porque consta que a Câmara Municipal de Cantanhede precisa daquilo que faz cantar o cego. Mas desta vez é só com gente de qualidade, gira e de bom aspecto. É o progresso, seu estúpido!

quinta-feira, junho 29, 2006

Os brioches da Expofacic

Nunca “Panis et circus” foi tão actual, e a receita tem mais de dois mil anos. E é ver o autarca todo activo, movimentando-se de lado para lado, de garrafa de cerveja ou de água na mão, claro que é segundo o que acham mais adequado à circunstancia, de suor banhado em camisa ensopada, num prolongamento do orgasmo da campanha eleitoral, o “delirium politiquêz” com palavras culturais à mistura e de sorriso forçado à montra municipal. E porque tudo é cultural no “circus” de bandeiras ondulantes e porque um pouco de passeio tipo telenovela relaxa os neurónios já cansados da inactividade, o que interessa é comer umas doses bem aviadas vitualhas várias, só assim a alma se sentirá bem mais reconfortada em estômago com digestão preguiçosa e demorada. E que senão houver pão por qualquer motivo, será sempre falha do padeiro que não teve uma estratégia empresarial, pois pastelarias não faltam e o fornecimento de brioches está garantido. É de perder a cabeça, diria a Maria Antonieta.

quarta-feira, junho 28, 2006

Caminhos(1)

Que modelo de desenvolvimento para a Região de Cantanhede? Deveria ser política das Autarquias atrair investimentos para a sua região. Ora, o pouco investimento atraído tem tido por parte dos autarcas o enfoque no número de postos de trabalho criados. Tem sido sempre assim que se tem apresentado as vantagens do investimento. É urgente fazer uma reflexão, isto é , pensar o Concelho e a Região, pois por mais interessante, inovador ou mais “in” que seja o investimento, este poderá ser negativo em termos de incidência. Por qualquer motivo, que poderá ir desde alteração geográfica de mercados ou até cortes orçamentais para os casos de subsídio dependência, a deslocalização ou o definhamento será certeza a qualquer momento. Para que um investimento se torne de incidência positiva, deverá evitar estar numa cadeia de valor muito curta, isto é, deverá arrastar consigo um conjunto significativo de fornecedores e subcontratações locais, para se poder usar os ganhos em termos logísticos, proximidade e, em especial, no saber fazer local, isto é, suportado nos pontos fortes locais. Se um investimento na Região se apresentar como utilizador e dinamizador dos pontos fortes em que os locais são fortes, tornar-se-á em polo de desenvolvimento pela certa. Se for apoiado só na focalização do número de postos de trabalho, numa cadeia de valor muito curta, teremos em futuro próximo histórias já antigas de filmes há muito vistos. Pergunta: Quais são os pontos fortes do Concelho de Cantanhede e da região envolvente? Modelos de desenvolvimento ultrapassados, não obrigado!

Lembrar Artur Paredes

sexta-feira, junho 23, 2006

S. João da Praia da Tocha

As festas do S. João têm um valor simbólico associado à água. Aqui no Escoural, até à época da 2ª Guerra Mundial, a água da fonte da Saibreira recolhida no dia de S. João, antes do nascer do Sol, teria propriedades especiais, que eu nem imagino quais. Era um culto no feminino, pois só a moça solteira é que recolheria a água. Era também em frente da fonte que se realizavam os festejos, coisa pouca , a condizer com o tamanho da aldeia. A festividade popular é agora reforçada na Praia da Tocha, a peregrinação pagã às águas do oceano, a licenciosidade das dunas e a noite curta e inexistente.

quarta-feira, junho 21, 2006

Até o diabo se ri

Ao ler os outros http://ablasfemia.blogspot.com/2006/06/certificado-de-virgindade.html , leva-me a pensar onde estará a cultura e a tolerância que muitos apregoam associando estas a conceitos religiosos.
Rir sobre o assunto também é saudável, e o que é preciso é saúde.

terça-feira, junho 20, 2006

Tempo de projecto

Detergente lava mais.

Dois dias de roteiro dedicado à ciência trouxe o Chefe de Estado aqui a Cantanhede, com elogios ao governo. Que se cuide quem se deve cuidar, pois será uma no cravo e outra na ferradura. Este detergente que Cavaco Silva usa é para o branqueamento da imagem que tem , na urgência de a mudar, como se de sabonetes para venda se tratasse. Aconselho ao Presidente o detergente lava mais, que até tira nódoas com 20 anos, pois tentar ficar na História com uma imagem que não é a sua, é uma incoerência, e na História as incoerências pagam-se caras.

domingo, junho 18, 2006

sexta-feira, junho 16, 2006

Asneiras

Dizem que vozes de burro não chegam ao Céu. Não aceito que tal afirmação seja verdade sobre um nobre animal orelhudo que de burro nada tem, tão bem dotado pela mãe natureza e que até muda de opinião, contrariamente ao por aí afirmam. Quando alguém chamar de burro a algum animal homo sapiens, esteja certo que ficará a dever um pedido de desculpa ao animal equus asinus, que não tem culpa da asneira humana que por aí se espalha. E o burro é ele!

terça-feira, junho 13, 2006

Um novo projecto agrícola

Não apreciei o dito recado de Cavaco Silva na feira agrícola de Santarém, que segundo entendi destinou-se ao ministro da Agricultura e aos agricultores viciados em subsídios. Penso que o Presidente colocou mal a questão, ao apresentar a contenda como sendo entre o ministro e os agricultores, pois segundo eu sei, a maioria dos agricultores que conheço não sabem que coisa é essa do subsídio agro ambiental, que segundo parece é para folgar a terra. Coisas que dão muito graveto, segundo parece! Será que o Presidente ao saber do que o ministro apontou sectores prioritários, como por exemplo o vinho e o azeite e referiu que outros sem qualquer viabilidade, tais como os cereais de sequeiro, que não justificam os milhões de euros que se gastam com essa cultura, estaria a pensar em nichos de mercado também rentáveis?

É urgente o amor.

Passamos pelas coisas sem as ver, gastos, como animais envelhecidos: se alguém chama por nós não respondemos, se alguém nos pede amor não estremecemos, como frutos de sombra sem sabor, vamos caindo ao chão, apodrecidos.

domingo, junho 11, 2006

sábado, junho 10, 2006

Avivar a memória na Praia de Mira

Alves André aviva as letras, já gastas pela abrasão dos ventos do Inverno carregados de areias finas da praia, ao monumento ao pescador, enquanto os carpinteiros reparam a igreja da N.S. da Conceição, matriarca de família de carpinteiros. É o que se pode afirmar que em casa de ferreiro espeto de pau. Eu sentei-me numa esplanada a apreciar o andamento dos trabalhos. Gosto das Sextas à tarde!

quinta-feira, junho 08, 2006

Gestão exemplar.

Foi em tempos aprovado o Relatório de Gestão do ano 2005 da Câmara Municipal de Cantanhede, como fumo que sobe no ar para os que entraram no inferno desta comédia de gestão exemplar, em que o relatório só foi facultado aos Vereadores da Oposição com um dia útil de antecedência, provando que a esperança é a última a morrer, e que ficou do lado de fora tal qual a comédia de Dante. Claro que a esperança ficou do lado de fora, ou melhor, do lado dos que estão de fora disto tudo. Isto dos números, dizem, é sempre a mesma coisa. Mesmo com prova dos nove, as contas são feitas da forma que se querem fazer. Afinal a dívida não é de tanto como os detractores de grande gestor tinham afirmado , mas sim “só” tanto, e este “só” tanto foi tanto como passar de 9 milhões para 14 milhões em apenas um ano. E isto nas contas de quem é juiz em causa própria! A vida é mesmo assim, pois cada um joga como pode, mas ao fim quem paga isso são sempre os mesmos. É aconselhável um bom vestuário de protecção para se não sair sujo e com a indumentária conspurcada deste inferno de opereta, a divina comédia da gestão exemplar.

quarta-feira, junho 07, 2006

Tempo de construção (2)

Constante, é a mudança!

E confunde-se muitas vezes o que é ser coerente. Para mim, não entender a coerência com a mudança é ser teimoso, ou então ser hipócrita. Levar a vida à letra, torna-se assim um acto de estupidez, isto é, prejudicar–se a si próprio e prejudicar os outros. Todos nós, temos a nossa Jerusalém e a minha Jerusalém, a que busco, é a minha própria liberdade. Se de ti me esquecer, ó minha Liberdade,
Que mirre a minha mão direita,
Que a minha língua se quebre,
Se de ti me não lembrar,
Se não preferir a minha Liberdade
À minha maior alegria.
Salmo 137(modificado por mim, claro que eu não levo a vida à letra)

terça-feira, junho 06, 2006

Aí sua besta!

Vejo à minha volta superstição que até parece uma praga. Li ( http://oglobo.globo.com/online/sp/plantao/2006/06/04/284103121.asp) e ouvi que hoje é o dia da besta, 6-6-6! É de dizer: suas bestas! Claro que mesmo atrapalhando estou a ajudar a libertar o medo, o medo do desconhecido, o medo de não ter um pai ou um irmão mais velho que nos proteja, o medo que nos torna supersticiosos, o medo que nos rouba a liberdade. Prefiro sentir a angústia de ser livre a sentir o medo de o ser.

Deixei a cidade e fui para a aldeia

Não fui à procura da aldeia mítica de visão romantizada, nem tão pouco procurar o jardim no meio do deserto, mas também e em parte, fugir dos vizinhos do condomínio, além de muitos outros motivos. No condomínio não há mais vida para além do condomínio. Eis mais uma possível ajuda para perceber a coisa, para quem que por razões várias não opta “fugir” da cidade.

domingo, junho 04, 2006

Engenheiros

Conheço três tipos de engenheiros: Os engenheiros, os engenheiros de merda e a merda dos engenheiros. E ao Escoural chegaram os engenheiros. Uns engenheiros eleitorais, outros nem por isso.
Terei que alargar o meu leque de classificar engenheiros. Por um lado o sinal de trânsito está virado para um aqueduto centenário que uns engenheiros eleitorais querem colocar abaixo em que a tinta das eleições autárquicas de 2005 que marcava a estrada já desapareceu, e por outro, vieram uns engenheiros e colocaram um poste telefónico à frente do sinal importante. Será uma merda de engenheiros ou engenheiros de merda, ou outro tipo de engenheiros?